PARA ALÉM DA CRÍTICA
A nossa crítica à psiquiatria não é uma crítica, é uma clínica. Ora, é comum à Crítica expressar um elemento paranóide que toma o seu objeto como perseguidor. Não é o caso. Além disso, sob as condições atuais do capitalismo axiomático aparentemente vencedor, a Crítica se torna um dispositivo social inofensivo e que adocica o discurso midiático em redundâncias sintáticas, semânticas e performáticas. Uma dominação semiótica se instala como verdade. Confira as ladainhas (reportagens) globais. Isso vai até o infinito...como efeito subjetivo. Mas há outros discursos mais pomposos. A universidade, por exemplo, traz uma verdade revelada e cauciona a psiquiatria oficial como transcendência do Conhecimento. Desse modo, aquieta paixões e resfria intensidades da prática clínica. Ao contrário, buscamos o avesso da história psiquiátrica canônica como ação de resistir aos biopoderes no interior da própria psiquiatria, da própria clínica, da psicopatologia agonizante.
A.M.
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