ÉTICA DO COLETIVO
Hoje, a psiquiatria biológica
(a que usa o cérebro como objeto quase exclusivo de pesquisa)
organiza-se como segmento técnico-profissional devoto de
uma espécie de "fundamentalismo orgânico-cerebral". Seu
discurso atinge em cheio os poros da sociedade civil, fazendo do “cidadão-homem-comum-paciente”
um consumidor de neuro-clichês ou mero repassador de ordens implícitas. Sob
tais condições, afirmar uma clínica da diferença é criar uma ética
do coletivo, ou seja, das multiplicidades. Dito de outro modo, é ir
na contra-corrente de um modo de pensar hegemônico e totalitário.
A.M.
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