quinta-feira, 4 de abril de 2013

ÉTICA DO COLETIVO

Hoje,  a psiquiatria biológica (a  que usa o cérebro como objeto quase exclusivo de pesquisa)  organiza-se como segmento técnico-profissional  devoto  de uma espécie de  "fundamentalismo orgânico-cerebral". Seu discurso atinge em cheio os poros da sociedade civil, fazendo do “cidadão-homem-comum-paciente” um consumidor de neuro-clichês ou mero repassador de ordens implícitas. Sob tais condições,  afirmar uma clínica da diferença é criar uma  ética do coletivo, ou seja, das multiplicidades. Dito de outro modo, é ir na contra-corrente de um modo de pensar hegemônico e totalitário.

A.M.

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