A DIFERENÇA NA CLÍNICA
(...) Um exame do humor pode explicitar o roteiro da diferença em psicopatologia. Os afetos precedem o humor. Este é um tipo de afeto resultante de forças múltiplas: bioquímicas, psíquicas, sociais, coletivas, etc. O pesquisador (obtuso) da mente prioriza a primeira força em nome do ideal asséptico da ciência positivista. Tudo é cérebro como origem. Trata-se de um reducionismo fabricado em nome da razão médica. Ao inverso, buscamos detectar afetos sutis que só se expressam (grosseiramente) como depressão, e daí se inscrevem num rebaixamento da vitalidade. Isso pode ser A depressão como “doença” ou tão apenas uma síndrome ou uma reação depressiva às circunstâncias sócio-metafísicas. De todo modo, o encontro com os afetos busca a intensidade dos mesmos a partir das condições subjetivas do paciente.Qualquer um pode deprimir à medida em que vivencia a cultura da culpa inscrita na carne. Somos todos cristãos e deprimidos.
(...)
A.M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário