segunda-feira, 1 de julho de 2013

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A DIFERENÇA NA CLÍNICA

(...) Um exame do humor pode explicitar o roteiro da diferença em psicopatologia. Os afetos  precedem o humor. Este é um tipo  de afeto resultante de  forças múltiplas: bioquímicas, psíquicas,  sociais, coletivas, etc. O pesquisador (obtuso) da mente prioriza  a primeira força  em nome do  ideal  asséptico da ciência positivista.  Tudo é cérebro como origem. Trata-se de um reducionismo  fabricado em nome da razão médica. Ao inverso, buscamos detectar afetos sutis que só se expressam (grosseiramente) como depressão, e daí se inscrevem num rebaixamento da vitalidade. Isso pode ser A depressão como “doença” ou tão apenas uma síndrome ou uma reação depressiva  às circunstâncias sócio-metafísicas. De todo  modo, o encontro com os afetos busca a intensidade dos mesmos a partir das condições subjetivas do paciente.Qualquer um pode  deprimir à medida em que vivencia a cultura da culpa inscrita na carne. Somos todos cristãos e deprimidos.  
(...)
A.M.

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