SOBRE O DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO
(...) O molde diagnóstico se aferra ao molar e passa a operar ao gosto reducionista. Não é um erro. É uma opção de trabalho tendo em vista certos objetivos do momento, como o de acudir o paciente num sintoma grave (uma depressão com tentativa de suicídio, por exemplo).Ocorre que as linhas molares ressoam na forma-técnico, levando-o a se manter fixo em condutas conservadas. A técnica bem sucedida remete a um modelo implícito de subjetividade. Quem é o paciente? O que é ser normal? Voltamos ao círculo teórico expresso no paciente cerebralizado. Consertar o cérebro a partir da sua manipulação fina é a tarefa em que a psiquiatra atual acredita Como contraditá-la?
(...)
A.M. do livro Trair a psiquiatria
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