quinta-feira, 16 de outubro de 2014

POLÍTICA DA SUBJETIVIDADE

Na reta final das eleições no Brasil aparecem dois rostos-candidatos mui diferentes. Mas a política é algo impessoal. Na verdade ELES SÃO IGUAIS. Basta comparar os dois partidos (PSDB e PT) e suas histórias de quando assumiram o poder. Qual foi pior? Ou menos pior? De todo modo, o escândalo maior, sem dúvida, é o da possível continuação da quadrilha petralha no poder. Me pergunto, então, porque tanta gente vota no PT. Comecei a elaborar uma tipologia desses eleitores. Identifiquei 5 (cinco) tipos, ainda  que a lista seja bem maior. Trata-se de um esboço psicossocial de tipos-ideais (M. Weber) cristalizado em modos de subjetivação. Vejamos, sem ordem de importância: Tipo 1- O Idiota, ou o Idiotizado- o que se refere a algum benefício que esteja recebendo do Governo como sendo a grande e inquestionável virtude petista. Bolsa-família, etc. Isso lhe basta, isto lhe torna feliz para sempre. Gratidão for ever associada ao medo da perda.Tipo 2-O Fanático - este se acha atrelado a uma visão de uma suposta eternidade messiãnica petista, praticamente igualando o seu ideário político a um sistema religioso, não importa qual. Alimenta-se de transcendências, ou seja, de valores acima da vida na Terra. Raciocina (?) pela fé inabalável em ícones personalísticos, como é o caso do ex-presidente Lula, ou de símbolos como a estrela vermelha, etc.Tipo 3 -O Espertalhão - ocupa alguma função importante ou nem tanto (lhe traz ganhos variados, não só financeiros...)no atual governo federal, faz parte da corruptocracia oficial ou indiretamente, como terceirizado, empresário, parente de políticos que apoiam o governo e o impulsionam com mentiras "verdadeiras".As vantagens são exatamente as de quem detém o poder. Tipo 4-O Romântico - este é o "bem intencionado" pois acredita sinceramente no PT de 1980 que ainda respira e sem aparelhos, como projeto da Esquerda vibrante (revolucionária) dos anos 60, mas mortuária nos dias atuais. O Romãntico, como todo romântico, acredita num universo imaginário pairando sobre nossas cabeças e não no Real em si mesmo, real-concreto.Tipo 5-O Ingênuo - com características subjetivas próximas ao Romântico e ao Idiota, diferencia-se por acreditar que o PT não é uma quadrilha bem montada, e sim, um grupo de homens abnegados na luta por mudar o país.Até argumenta com sistemas de crenças que beiram o delírio. Ele nada entende e nem quer entender de política. Óbvio que há outros tipos, mas por ora, fiquemos nesses, pois já não é pouca coisa, se a isso somarnos a máqina de imbecilização que é o Marketing Político.

A.M.

5 comentários:

  1. No quesito política devemos tomar cuidado com o viés ao escrevermos.Por isso acho que deveria traçar os eleitores do candidato 2, a não ser que a intenção do texto seja dizer um NÃO AO PT, com tudo discordo do termo "idiota", acho pejorativo pois temos que conhecer todo o contexto, particularidades e especificidades de cada um que recebe esse tipo de ajuda. Não defendo nem um nem outro, mas se como o texto diz" os dois são iguais", falta a pergunta, porque tanta gente vota no PMDB ? Vejo na política como em quase tudo (futebol), que cada um defende seu time e realmente acredita que ele é o melhor.

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    1. Felipe: ao termo "idiota" acrescentei "idiotizado" exatamente para dar um caráter dinâmico ao conceito. Algo que vem de fora, não-essencial, não uma natureza pronta, mas sim PRODÇÃO de subjetividade.
      Quanto aos eleitores do candidato 2, são parecidos . O que difere é a contextualização histórica de cada partido.

      Antonio

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    2. Muito bom! Ao contrario do que se diz, temos realmente que debater este e outro assuntos.

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  2. Excelente!Estupenda sua síntese.Os tipos são bem originais!

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  3. Muito bom!!! Fiquei de alma lavada!!!

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