ESPIRITUALIDADE
(...) É, portanto, uma geometria, uma decoração tornada vital e profunda, sob a condição de não ser mais orgânica: ela eleva as forças mecânicas à intuição sensível, procede por movimento violento. E ela encontra o animal; se ela se torna animalesca, não é delineando uma forma, mas, ao contrário, impondo por sua nitidez, por sua precisão não orgânica, uma zona de indiscernibilidade das formas. Portanto, ela é testemunha de uma alta espiritualidade, pois é uma vontade espiritual que a leva para fora do orgânico em busca de forças elementares. Mas essa espiritualidade é a do corpo: o espírito é o próprio corpo, o corpo sem órgãos...
(...)
G. Deleuze
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