CASS
Das 5 irmãs, Cass era a mais moça e a mais bela. E a mais linda mulher da cidade. Mestiça de índia, de corpo flexível, estranho, sinuoso que nem cobra e fogoso como os olhos: fogaréu vivo ambulante. Os cabelos pretos, longos e sedosos, ondulavam ao andar. Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Para os homens, parecia apenas uma máquina de fazer sexo e não se importavam se ela era maluca ou não. Passava a vida a dançar, a namorar e beijar. Mas, salvo raras exceções, na hora agá sempre encontrava forma de sumir e deixar todo mundo na mão.
(...)
Charles Bukowski
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