OUTRA ÉTICA, OUTRA POLÍTICA
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Analisar liturgia é colocar o dedo sobre uma imensa mudança em nossa maneira de representar a existência. No mundo antigo, a existência estava ali – algo presente. Na liturgia cristã, o homem é o que ele deve ser e deve ser o que ele é. Hoje, não temos outra representação da realidade do que a operacional, o efetivo. Nós já não concebemos uma existência sem sentido. O que não é eficaz – viável, governável – não é real. A próxima tarefa da filosofia é pensar em uma política e uma ética que são liberados dos conceitos do dever e da eficácia.
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G. Aganben, in entrevista a Juliette Cerf, na Verso, 09/07/2014
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