DESEJO
(...) não é outra coisa senão a essência mesma do homem, de cuja natureza se seguem necessariamente aquelas coisas que servem para sua conservação, coisas que, portanto, o homem está determinado a realizar. Ademais, entre 'apetite' e 'desejo' não há diferença alguma, senão a de que geralmente o 'desejo' se refere aos homens, na medida em que são conscientes de seu apetite e, por isso, pode se definir assim: o desejo é o apetite acompanhado da consciência do mesmo. Assim, pois, fica claro, em virtude de tudo isso, que não intentamos, queremos, apetecemos, nem desejamos algo porque o julgamos bom, mas, pelo contrário, julgamos que algo é bom porque o intentamos, queremos, apetecemos e desejamos.
Spinosa
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