SEM RAÍZES
(...)
Ser
rizomorfo é produzir hastes e filamentos que parecem raízes, ou, melhor
ainda, que se conectam com elas penetrando no tronco, podendo fazê-las
servir a novos e estranhos usos. Estamos cansados da árvore. Não devemos
mais acreditar em árvores, em raízes ou radículas, já sofremos muito. Toda a
cultura arborescente é fundada sobre elas, da biologia à lingüística. Ao
contrário, nada é belo, nada é amoroso, nada é político a não ser que sejam
arbustos subterrâneos e as raízes aéreas, o adventício e o rizoma.
(...)
Gilles Deleuze e Félix Guattari in Mil platôs, vol.1
Nenhum comentário:
Postar um comentário