GUERRA E POLÍTICA
Sou contra a inteligência militar, não sou contra os homens de
guerra. Por quê? Porque eu os conheci, eles são a mesma coisa.
Numa briga, não existe diferença entre um membro de um sindicato,
um pobre sargento, ou um oficial de baixo escalão (deixemos
de lado os oficiais de alto escalão; afinal há uma questão de responsabilidades).
Quer saibam, ou não, eles são dominados pela
máquina-de-guerra. Assim, minha oposição à guerra é uma oposição à essência da guerra na tecnologia, na sociedade, na filosofia
da tecnologia, etc (...) Minha oposição não é uma oposição
aos homens (...) não tenho reflexo racista. (...) Não sou contra os
militares como as pessoas são contra os padres; sou contra a inteligência
da guerra que escapa do político.
(...)
Paul Virilio, 1986
Nenhum comentário:
Postar um comentário