O APOCALIPSE JÁ ERA
O capital, operador semiótico (cf. F. Guattari), faz da realidade cotidiana (terráquea) um universo de sentido. Mais: ele é o próprio universo, a realidade cotidiana infiltrada nos ossos, olhos, carnes, músculos e sinapses. Trata-se de fincar na alma (como se mata vampiros? um prego no músculo cardíaco...) a certeza subjetiva de que esta é a nossa única e melhor realidade possível, o melhor dos mundos possíveis, mesmo que tudo vá mal. E vai. O assombroso avanço tecnológico dos tempos que correm só atesta que os problemas sociais (só um, a citar: quase 1 bilhão de famintos na Terra, cf FAO/ONU) não são técnicos, mas ético-políticos. Simples assim, desesperador também, mas é o dado frio e cru de uma mega-tragédia compartilhada e assistida via internet.
A.M.
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