SEM FORMOL
Legiões de psiquiatrizados de toda parte ajoelham-se no altar dos psicofármacos e dos cérebros conservados em formol. Tudo conspira a favor do consumo de pacotes cientificamente autorizados para ações lucrativas.No entanto, mesmo desbotada e segregada nos grilhões macios da ciência positivista, a diferença resiste. A ética da potência de viver afirma-se nos versos de poetas itinerantes.O discurso e a prática da diferença exploram o avesso da ordem do Estado capitalista e de suas instituições congêneres. Quem se interessa em criar, fazer nascer? Pergunta insana, na medida em que os poderes investem na repetição do Mesmo e no rigor mortis do pensamento. Por isso, uma clínica da diferença considera as determinações sócio-políticas como a superfície da ação mais concreta. Em suas pesquisas não encontra respostas exatas,mas problemáticas instigantes. Se a loucura é a experiência que atravessa a subjetividade, (mesmo que não estejamos loucos, entramos num devir-loucura), tudo muda na percepção fina da realidade do mundo. Um novo universo se desvela.
A.M.
Aaaah!
ResponderExcluirUma dúvida!
devir-loucura seria estar louco?
representar a loucura?
ou?
devir-loucura refere-se a afetos que são experimentados de forma livre, ou seja, são submetidos à ordem da racionalidade, por exemplo, da psiquiatria.
ResponderExcluirloucura aqui não é doença...
corrigindo o comentário acima:
ResponderExcluirafetos "não" submetidos ao invés de "são" submetidos.
Obrigada!
ResponderExcluirSempre, sem querer saber quando a loucura é considerada doença...