A Assembleia geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não é o único evento que movimenta o centro de convenções da Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo. Enquanto 309 bispos da ativa e 171 eméritos se reúnem para traçar os destinos da Igreja Católica no país, um grupo seleto de 20 empresas organiza uma feira de negócios voltados exclusivamente para os católicos.
"Esse é o nosso Natal", afirmou Rogério Rodrigues, gerente comercial da Theos, companhia fundada em Maringá (PR) em 1998 e que trabalha com "sistemas eclesiais" para a administração de igrejas. A empresa tem entre seus clientes seis mil paróquias, 132 dioceses, cujos fiéis compõe uma base de dados com a marca de 45 milhões de dizimistas ativos, quantidade que supera o número de correntistas de grandes bancos. Apesar da magnitude dos números, Rodrigues e seus colegas de feira evitam falar sobre o volume de dinheiro movimentado durante os dez dias de evento.
Segundo Rodrigues, o pagamento do dízimo e de ofertas pode ser feito por meio de um aplicativo de celular. A empresa agora aposta na implementação de maquininhas para o recebimento do dízimo. E, segundo o gerente, há ainda espaço no mercado para expansão:
"A nossa meta é chegar a 150 dioceses. Como os padres e bispos têm obrigações fiscais, ter um software de gestão hoje se tornou necessário para os clérigos. Nosso sistema abrange desde a gestão contábil, folha de pagamento de clérigos e de funcionários civis e até a questão canônica pastoral, como a organização de documentos (certidões de crisma, batismo e matrimônio)", afirma Rodrigues.
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Gustavo Schmitt e Henrique Gomes Batista, Época, 03/05/2019,20:35 hs
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