SUBJETIVAÇÃO PSIQUIÁTRICA
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Fiel às suas origens embrenhadas em relações de poder, a psiquiatria consiste numa forma social ou forma de relação social que se propaga e se institui como subjetivação psiquiátrica. Isso atinge intensamente a todos os que estão envolvidos com a problemática do louco, inclusive o próprio louco, que passa a se chamar “psicótico”. É importante frisar, de acordo com a definição institucional, que não nos referimos à psiquiatria apenas como organização visível ( o hospital) nem tampouco como dispositivo (o ato médico). Falamos da psiquiatria como uma forma social tanto mais abstrata e invisível quanto mais concreta e incisiva nas suas práticas de subjetivação. Pensar psiquiatricamente,sentir psiquiatricamente, perceber psiquiatricamente, agir psiquiatricamente etc. Há, pois, uma subjetividade psiquiátrica que atravessa segmentos não psiquiátricos no campo da saúde mental, como é o caso da psicologia e demais saberes da área psi.
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A.M.
Obs.: extraído do texto "o diagnóstico psiquiátrico e a clínica da diferença"
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