10 ANOS DE CAPS: RELATOS DO TEMPO - 2
12 de abril de 2010
A geografia do Caps II era composta por um corredor em "L"que fazia parte de uma antiga enfermaria (desativada) do Hospital Estadual Crescêncio Silveira. Ao longo do corredor estavam a recepção, a sala de espera dos pacientes, a sala da coordenação, a sala do médico, dos psicólogos, das assistentes sociais, da farmacêutica, salas maiores destinadas a oficinas terapêuticas (entre as quais, talvez pelo maior número de pacientes, a oficina de arte era destaque) e por fim, no desvio à direita, a sala da enfermagem e a copa-cozinha. Do lado de fora, à direita, uma área verde, não utilizada em atividades do Caps, permanecia como paisagem. Tal descrição é necessária porque o espaço interno restringia os pacientes à deambulação (ir e vir) num corredor único, o que fazia, óbvio, por lembrar um hospital. Mas o número de pacientes em nada congestionava a circulação, ao contrário. Logo fiquei sabendo que, por razões administrativas estavam suspensas as admissões (acolhimentos). Assim, pelo menos no início, um ar institucional, digamos, estagnado, preenchia o cotidiano dos atendimentos e das oficinas disponíveis.
A.M.
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