Perplexidades órfãs – VI
O caso Sashira: a monstruosidade humana a cru.
Setembro amarelou nos ipês da cidade.
No cotidiano de um Caps fluxos de loucura jamais adotam um rosto fixo. Circulam livres.
O sentido das depressões é não ter sentido.
O tempo tem passado tão rápido... cada vez mais, mais, mais. A hora da delicadeza não chega.
Existe a psiquiatria oficial, manicomial, comercial, normativa, acadêmica. Delícia traí-la.
O fascismo à brasileira prossegue sua volúpia pela morte. Sonhos adolescentes resistem.
Atenção: quando um paciente fala são mil vozes que falam. Elas vêm de outras terras, planetas desconhecidos, buracos do mundo.
Não existe o amor. Existe o amar.
O caso Sashira: é isso, um homem?
A.M.
Meu caro, Antônio, você escreveu um poema. Um poema sobre nossos assombros do mal estar nessa civilização. Obrigada por ser resistência e nos ajudar a resistir
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