sábado, 18 de setembro de 2021

Perplexidades órfãs – VI


O caso Sashira: a monstruosidade humana a cru.

Setembro amarelou nos ipês da cidade.

No cotidiano de um Caps fluxos de loucura jamais adotam um rosto fixo. Circulam livres.

O sentido das depressões é não ter sentido.

O tempo tem passado tão rápido... cada vez mais, mais, mais. A hora da delicadeza não chega.

Existe a psiquiatria oficial, manicomial, comercial, normativa, acadêmica. Delícia traí-la. 

O fascismo à brasileira prossegue sua volúpia pela morte. Sonhos adolescentes resistem.

Atenção: quando um paciente fala são mil vozes que falam. Elas vêm de outras terras, planetas desconhecidos, buracos do mundo.

Não existe o amor. Existe o amar.

O caso Sashira: é isso, um homem?


A.M.


Um comentário:

  1. Meu caro, Antônio, você escreveu um poema. Um poema sobre nossos assombros do mal estar nessa civilização. Obrigada por ser resistência e nos ajudar a resistir

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