quinta-feira, 5 de maio de 2022

CADÊ OS YANOMAMI?


Um chamado, um grito de desespero.

Vou ser repetitiva hoje, porque é fundamental ser. Repetitiva, porque semana passada escrevi sobre o relatório da Hutukara Associação Yanomami revelando o panorama ilegal do avanço da destruição garimpeira na terra indígena do país. Mas repetitiva porque a pergunta precisa ecoar nas redações, os jornalistas precisam se incomodar, o governo precisa se sentir responsável.

Uma comunidade desapareceu após sofrer ataques de garimpeiros. As casas do local foram queimadas. E não há respostas sobre o que de fato ocorreu ali.

CADÊ OS YANOMAMI?

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CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

E o Brasil permanece calado.

Calado pelo desaparecimento de uma comunidade Yanomami. Calado pelas mortes diárias de jovens negros nas periferias das cidades. Calado pelas mortes das mulheres.

Uma menina de 12 anos foi raptada, sofreu violência sexual e não resistiu aos ferimentos. Sua irmã, de 3 anos, foi jogada no rio e nunca foi encontrada. O caso deveria estampar as capas de todos os jornais, mas não ganha destaque porque são crianças indígenas.

E o governo federal é cúmplice dessa violência. Não podemos aceitar que crimes como esse sigam acontecendo!

"A nossa dor é como se não tivesse importância nesse país, mais de 500 anos sofrendo depois da invasão da nossa terra e que nunca parou. Uma comunidade inteira sumiu (ou teve que sumir), após denunciarem que garimpeiros estupraram até a morte uma criança de 12 anos e jogaram outra criança de 3 anos no rio", publicou a Apib - Articulação dos povos indígenas do Brasil.

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?

CADÊ OS YANOMAMI?CADÊ OS YANOMAMI?


Mariana Belmont, 5/5/2022

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