QUEM SOFRE?
Quando dissemos “ do mundo”, significa que a origem da doença está na sensação de si que ele experimenta, ao tempo em que o mundo lhe devora, mesmo que esse mundo seja, por exemplo, um circuito sináptico no interior do seu crâneo. O mundo é o paciente e vice versa. Essa é a base conceitual para se pensar o sofrimento como “sentimento do mundo”ao modo poético de dizer. O paciente recolhe do mundo afetos tristes que o destroem por dentro. O eu, um artefato psíquico útil para a comunicação, é atingido. Ele não mais coordena ações práticas ou o faz com dificuldade. Assim, surge a pergunta clínica: um apragmatismo social se revela com que afetos? O que sente aquele que rompeu com os códigos sociais vigentes? Sente-se doente?
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A.M.
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