segunda-feira, 22 de outubro de 2012

QUEM SOFRE?

Quando dissemos “ do mundo”, significa que a origem da  doença está  na  sensação de  si que  ele  experimenta, ao tempo em que o mundo  lhe devora, mesmo que  esse  mundo  seja, por  exemplo, um circuito sináptico  no interior do seu  crâneo. O mundo é o paciente  e vice  versa. Essa  é a  base  conceitual para se pensar  o  sofrimento  como  “sentimento do  mundo”ao modo  poético de  dizer. O  paciente recolhe do mundo afetos tristes que o destroem  por dentro. O eu,  um  artefato psíquico útil para a comunicação, é atingido. Ele  não  mais  coordena ações práticas  ou  o faz com dificuldade. Assim, surge a  pergunta  clínica: um  apragmatismo social se revela com que   afetos? O que sente  aquele que  rompeu  com os  códigos  sociais  vigentes? Sente-se  doente?
(...)
A.M.

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