sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A SUBJETIVIDADE NÃO É O EU NEM O INDIVÍDUO

(...) (...)  Numa  acepção  inspirada  em  Gilles  Deleuze  e Félix  Guattari, subjetividade refere-se  às  formas de sentir, pensar, perceber e agir que se expressam na relação do indivíduo com  o  mundo. A subjetividade vem de  fora. Ela é  social  e mais  precisamente coletiva. O indivíduo é  uma  espécie  de terminal da produção coletiva da subjetividade. Claro  que o corpo é a referência  maior, pois  não existiria  indivíduo  sem um corpo.  Precisamos ver algo. Mas  esse corpo, com  a sua organização anátomo-fisiológica, está encravado numa rede coletiva de significados não  necessariamente visíveis. Ainda assim, o coletivo  não é algo abstrato, distante de nossas vidas cotidianas. Ao contrário, ele se operacionaliza no e através o funcionamento das instituições, formando linhas de vida no que se chama“subjetivo”. Dizer ”subjetivo=coletivo”é uma equação que serve  para se  pensar a mente e os transtornos mentais. A subjetividade nos governa a partir de determinações que escapam à consciência, ao eu e à razão. Estas categorias são  produtos sociais que servem para manter a estabilidade do cotidiano da civilização onde vivemos.  Funcionam  “naturalmente”. 
(...)
A.M.

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