segunda-feira, 15 de outubro de 2012

QUAL DEPRESSÃO?

O acréscimo de novos adjetivos ao substantivo “depressão”  é infinito, pois  as  depressões   são  uma  condição humana inscrita no processo vital. Ao mesmo tempo não existe uma identidade, um modelo de “ser humano”, a não ser o modelo outorgado pelos defensores do “humano” como  medida de todas as coisas, os humanistas. Dentro de tal paradoxo, existiria uma espécie de “matriz” subjetiva das depressões? Uma base,uma invariante, uma condição primária –seja  etiológica ou clinica - para o fenômeno depressivo? Ora, as vivências expressas por  pacientes   demonstram que  não. Não  há  A doença  “depressão”  e sim estados depressivos  inseridos em linhas existenciais concretas.É o que chamamos de síndromes.Estas, como as vivências,  precedem as depressões, conectando os estratos  físico-químicos aos  psíquicos  e  aos  coletivos.  Uma atitude trans-disciplinar se impõe na pesquisa. Do contrário o reducionismo  cientificista  vai exibir suas pinças  assépticas,  como no caso da psiquiatria  biológica. 
(..)
A.M.

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