O nosso problema é o conceito de subjetividade fabricado em meio a um conjunto de nomes da clínica que a psiquiatria entronizou como sendo “A clínica dos transtornos mentais”. Ela começa com as condutas socialmente inadequadas, o que se consuma no diagnóstico (impreciso) de psicose, mas se expande, incluindo até mesmo quadros não psicóticos. Sua ambição é abarcar a gama das condutas humanas num sistema classificatório. É uma clínica estagnada no ponto em que o cérebro estabelece limites anátomo-fisiológicos (e estruturais) ao pesquisador. Entretanto, como no caso dos afetos. precisamos de uma máquina teórica que capte a velocidade do universo subjetivo, traga respostas do que se passa na Vivência. E que não se reduza às cintilações fisico-químicas do organismo, nem mesmo ao imaginário do eu ou às regras de conduta na sociedade. Buscamos outra coisa. Para que isso seja possível, é necessário considerar o processo de produção desejante em situações concretas.
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A.M.
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