Se querem ver a hipocrisia do sistema capitalista, pautem-se onde ele retira sua própria subsistência: no trabalho humano. Engraçado, aliás muito engraçado, porque é tão raro ouvirmos falar de subjetividade relacionada a este tema. E é aqui onde melhor ela se encaixa. Se há vaga para psicólogo na Santa Casa de Misericórdia, entra a esposa do médico. Há um regime de horas, entrada, saída, aviso prévio, férias, 13º, FGTS, aposentadoria, um conjunto de regras feitas para prender o trabalhador. E nada além disso. No fim, quem decide é o patrão. Ele pergunta: "Você quer tirar férias e depois eu te demito ou você quer ser demitido agora e receber o valor pecuniário correspondente às suas férias?" Porém, a subjetividade não chega até aí porque a Psicologia não chega até aí. A subjetividade e Psicologia da conveniência predominam, e é o caso da Psicologia Organizacional, para quem as regras da ergonomia, do psicodrama, das dinâmicas de grupo e da avaliação psicológica servem ao patrão. Tudo passa a ser cada vez mais setorializado e especializado. Não basta, por exemplo, que você seja psiquiatra. Você é psiquiatra de alguma instituição, que sai de casa às 7h da manhã, tem um intervalo de almoço (por direito) e só volta às 18h. Dentro da prática, milhões de discursos circulam,inclusive o da transdisciplinaridade, mas o esquema é montado para que cada um cumpra o seu, ganhe seu dinheiro, sustente sua casa, sua mulher, seus filhos, pague seus impostos, o ICMS dos restaurantes e ainda se afogue do mar das vaidades e dos prestígios, acreditando que está contribuindo em alguma coisa para o bem da civilização, porque a sua própria rotina de "trabalhador", é glorificada e estruturante, não para os outros, mas para si próprio. Este é o segredo: tudo está em função do eu. É aí que o sistema incide e opera todos os modos de subjetivação. O "eu" é a chave de compreensão. E, no sistema capitalista, o "eu" não tem nenhum valor, a não ser do status profissional que você ocupar: "eu"-médico, "eu"-advogado, "eu"-psicólogo. E assim sucessivamente. Tudo encaixadinho. Não se preocupem. Se tudo estiver muito chato, tomem várias e venham aqui na internet delirar!
Se querem ver a hipocrisia do sistema capitalista, pautem-se onde ele retira sua própria subsistência: no trabalho humano. Engraçado, aliás muito engraçado, porque é tão raro ouvirmos falar de subjetividade relacionada a este tema. E é aqui onde melhor ela se encaixa. Se há vaga para psicólogo na Santa Casa de Misericórdia, entra a esposa do médico. Há um regime de horas, entrada, saída, aviso prévio, férias, 13º, FGTS, aposentadoria, um conjunto de regras feitas para prender o trabalhador. E nada além disso. No fim, quem decide é o patrão. Ele pergunta: "Você quer tirar férias e depois eu te demito ou você quer ser demitido agora e receber o valor pecuniário correspondente às suas férias?" Porém, a subjetividade não chega até aí porque a Psicologia não chega até aí. A subjetividade e Psicologia da conveniência predominam, e é o caso da Psicologia Organizacional, para quem as regras da ergonomia, do psicodrama, das dinâmicas de grupo e da avaliação psicológica servem ao patrão. Tudo passa a ser cada vez mais setorializado e especializado. Não basta, por exemplo, que você seja psiquiatra. Você é psiquiatra de alguma instituição, que sai de casa às 7h da manhã, tem um intervalo de almoço (por direito) e só volta às 18h. Dentro da prática, milhões de discursos circulam,inclusive o da transdisciplinaridade, mas o esquema é montado para que cada um cumpra o seu, ganhe seu dinheiro, sustente sua casa, sua mulher, seus filhos, pague seus impostos, o ICMS dos restaurantes e ainda se afogue do mar das vaidades e dos prestígios, acreditando que está contribuindo em alguma coisa para o bem da civilização, porque a sua própria rotina de "trabalhador", é glorificada e estruturante, não para os outros, mas para si próprio. Este é o segredo: tudo está em função do eu. É aí que o sistema incide e opera todos os modos de subjetivação. O "eu" é a chave de compreensão. E, no sistema capitalista, o "eu" não tem nenhum valor, a não ser do status profissional que você ocupar: "eu"-médico, "eu"-advogado, "eu"-psicólogo. E assim sucessivamente. Tudo encaixadinho. Não se preocupem. Se tudo estiver muito chato, tomem várias e venham aqui na internet delirar!
ResponderExcluirresumindo tudo ele era um sem graça
ResponderExcluirsou osni sc
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