domingo, 31 de março de 2013

PSIQUIATRIA DAS MULTIPLICIDADES

Sob as condições institucionais e epistemológicas da psiquiatria Estabelecida, não há "lugar"para a diferença. Ou seja, pensar outras formas de trabalhar com o paciente implica em sair da órbita do método científico (sem desprezá-lo...) e traçar linhas rizomáticas com outros saberes. Falamos, não de outra clínica, mas de outras clínicas, multiplicidades em ato.Desabam os especialismos. No entanto, será ainda possível  'fazer" psiquiatria? Sim, uma psiquiatria coletiva. A produção como desejo, o desejo como produção, ao modo de Deleuze-Guattari. Na psicopatologia clínica,  há um caldeirão de somatoses à espera do psiquiatra:  retardos mentais com crises convulsivas, epilepsias, certas psicoses agudas, depressões profundas, demências graves com agitação psicomotora, tumores cerebrais, outras afeções cerebrais, etc, enfim, o famoso capítulo da CID 10, ítem F, "Transtornos mentais orgânicos" expresso em complicações mentais de toda ordem. Elas demandam (não só, claro...) um passador qualificado de remédios químicos. Por que não um psiquiatra?

A.M.

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