terça-feira, 28 de maio de 2013


A FRAUDE LEGAL NA MEDICINA

(...)  As pesquisas neuro-científicas produziram um cérebro-mente, o que se reflete no uso continuado  de  remédios e associações medicamentosas. É óbvio  que o fármaco atua no sintoma, não mais que no sintoma. Contudo,  isso não significa  obter uma cura ou  sequer uma melhora. A somatória dos sintomas leva o médico à conexão simples sintoma-fármaco. Daí o ato de medicar percorrer um roteiro implícito. Ora, é muito raro  que o paciente apresente apenas um sintoma. Então  valeria a equação “vários sintomas = vários fármacos”? Não faltam  psicofármacos  para  embasá-la, ao contrário. O paciente vai sendo rostificado como um “ser-que-demanda-remédio”,  produzindo a psiquiatria e o psiquiatra num circuito de realimentação continua. A máquina se fecha: uma produção/produto/produção tecnicamente monitorada é o trabalho do psiquiatra   clínico, o qual pode até ser valorizado como ação visando  o bem do paciente. Isso não impede  que se considere o circuito do fármaco  danoso à pesquisa sobre a loucura. 
(...)
A.M.

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