domingo, 12 de maio de 2013

NÃO EXISTE A SUBJETIVIDADE

(...) A subjetividade vem de fora. Ela é social e mais precisamente coletiva. O indivíduo é uma  espécie de terminal da produção coletiva da subjetividade.Claro que o corpo é a referência  maior,  pois não existiria indivíduo sem um corpo. Precisamos ver algo. Mas  esse corpo, com a sua  organização anátomo-fisiológica, está encravado numa rede coletiva de significados não  necessariamente visíveis. Ainda assim, o coletivo não é algo abstrato, distante de  nossas  vidas  cotidianas. Ao contrário, ele se operacionaliza  no e através o funcionamento das  instituições,  formando linhas de vida no que se chama“subjetivo”. Dizer ”subjetivo=coletivo”  é uma  equação  que  serve  para se  pensar a  mente e  os transtornos mentais. A subjetividade nos governa  a  partir de determinações que  escapam à consciência, ao eu e à razão. Estas categorias são  produtos  sociais que servem para manter a estabilidade do cotidiano da civilização onde vivemos.  Funcionam  “naturalmente”. 
(...)
A.M.

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