SEM-CONSCIÊNCIA
(...) Extraindo consequências do pensamento de Bergson, a consciência não apenas é uma tela, mas também uma tela opaca e frágil. Ajuda a sustentar os comportamentos padronizados do cotidiano, a recitar identidades, a estabelecer pautas mínimas de comunicação interpessoal, mas, nos termos de uma pensamento da imanência, não responde pelo devir,nem pela questão da luz, da matéria e do movimento. Limita-se a nos proteger do caos, instilando opiniões para um equilíbrio mental acerca da realidade do mundo, mas esconde linhas de vida indizíveis e/ou que buscam se expressar. Enfim, é uma espécie de entrave operacional e conceitual a uma clínica dos processos de singularização (do Encontro), onde e quando a produtividade do desejo segue caminhos imprevisíveis.
(...)
A.M.
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