SOBRE A TRANSDISCIPLINARIDADE
(...) Um outro eixo de ampliação da transdisciplinaridade consistiria em abandonarem-se às visões tradicionais, que partem sistematicamente do homem branco, adulto, competitivo no mercado de valores dominantes. Vistas sob o ângulo emancipador da condição feminina, quantas questões novas não seriam colocadas? A etnologia, no fundamental, continua masculina. Existe um imenso domínio a ser decifrado no âmbito dos mitos, dos ritos, das práticas coletivas femininas. O mesmo acontece com o mundo visto através dos olhos das crianças, dos idosos, dos deficientes. Em resumo, é preciso romper com o olhar padrão, intermediado pela mídia, que corrompe nosso intelecto e nossa sensibilidade.
(...)
F. Guattari
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