sexta-feira, 16 de outubro de 2015

NÃO PASSA

Qual Realidade? A nossa, com todo o peso das forças perfiladas em sentido único. É que há muito a trapaça rege e anima o anti-devir. O poder substantivo da mídia estratifica-se em linhas do cotidiano. Sempre as horas. Sem retorno, trafegam na densidade das moléculas perdidas. Não há aviso súbito ou plantão jornalístico. Estamos ligados por inteiro. A cada segundo, notícias rasgam brasília ou alguma ilhota perdida no centro de são paulo, tanto faz. É possível notar que o coração das ruas batuca ventríloquos loquazes. Um engodo se afirma como natural. Ao que consta, as ruas andam desertas. O silêncio é ensurdecedor. A pergunta, "qual Realidade essa a da muralha do significante?", responde-se: nenhum sentido à vista, exceto o do non sense como expressão da velocidade do tempo. A política do estado universal costura o seu tecido, sim, o tecido do tempo, enquanto o consumo dos mortos-vivos avança sobre o mercado das ações promissoras. Brasil, agora, em paz com a sua guerra crônica, respira agonias inauditas.

A.M.

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