PSICOTERAPIA E FÁRMACOS
Já que a psiquiatria entronizou o uso de psicofármacos, proponho que a clínica da psicoterapia (quando aliada aos fármacos) siga linhas de autonomia e potência. Desse modo, é oferecida ao paciente a chance de co-monitorar a administração do remédio químico. A terapia, para funcionar (isto é, fazer mudar subjetivações "doentes"), usa elementos extraídos do desejo de ser-outro como linha existencial encravada em regimes de abertura aos signos do mundo. A autonomia. Isto significa dizer que os psicofármacos, ao inverso do uso psiquiátrico-manicomial (mesmo sem muros), podem compor processos de singularização terapêutica. Na psicopatologia, casos de depressões graves, psicoses, síndromes com alto teor de angústia, entre outros quadros-limites dos sintomas (quando "o paciente é o sintoma"), têm indicação para fármacos, mantidas doses de prudência e opção ética.
A.M.
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