quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

LIMITES E DESLIMITES

Para "acessar" o paciente dito esquizofrênico, há uma dificuldade elementar que traduz a limitação clínica e o pensamento tosco da visão bio-neurológica da psiquiatria. O esquizofrênico, o qual "deveria" se achar doente, não se sente doente, "não está doente". Ora, como ajudar alguém que "não precisa" de ajuda? Neste caso, até o "sofrimento mental" poderia ser questionado, já que sofre quem delira, por exemplo, um tema de grandeza? Como disse um ex-paciente, "eu mandei Deus criar o mundo". Que sentimentos, que afetos , que sensações precedem e infundem tal vivência desconcertante? A psiquiatria clínica, de orientação cidológica, é pequena e nociva ante a vastidão dos processos singulares da subjetividade. O que fazer?

A.M.

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