Escolhido por Dilma Rousseff para chefiar o Ministério da Saúde na cota do líder peemedebista Leonardo Picciani (RJ), o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) enfrenta sua primeira crise. Ao nomear o psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho para o cargo de coordenador Nacional de Saúde Mental, em 14 de dezembro, o ministro acendeu um pavio que ateou fogo no setor. O incêndio resultou na ocupação do órgão, que funciona num edifício anexo do ministério. Começou há dez dias, com sete profissionais de Brasília. Na noite desta quinta-feira, celebraram o Natal nas dependências da repartição 23 pessoas, a maioria proveniente de outros Estados. O que une os ativistas é a aversão aos manicômios.
Deve-se a revolta ao fato de Valencius Wurch, o escolhido do ministro, ter dirigido, entre 1993 e 1998, no Estado do Rio, a Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi. Foi o maior hospital psiquiátrico privado da América Latina. Por ordem da Justiça, fechou as portas em 2012, depois da comprovação de graves violações aos direitos humanos dos pacientes, internados em condições subumanas.
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Do Blog do Josias de Souza,25/12/2015, 00:35 hs
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