OUTRAS POLÍTICAS
Apesar do anacronismo dos termos "Direita" e "Esquerda", podemos utilizá-los como referências móveis para situações políticas atuais. Seja o Brasil: a onda anti-Dilma fez e faz por ocultar e nivelar diferenças políticas sob um regime de aparência imagética que a mídia produz sem cessar: subjetividades do eu consumidoras do ressentimento. Desse modo, o conservadorismo avança sorrateiro na adesão a formas sociais rígidas, por vezes beirando um fascismo reeditado. Um exemplo simples são os que querem a volta dos militares. Mas há muitos outros, não tão idiotas, mas, ao contrário, intelectualmente refinados. Estão por toda parte. Em contrapartida, não consideramos a existência de uma Esquerda "pura", mas sim, de um território socio-subjetivo sem Dono, de uma dissolução do sentido, e da análise dos fatos políticos a partir de elementos éticos postos em jogo. Segundo essa ótica, a cena política brasileira ilustra bem a necessidade de um "para além" do dualismo estéril Planalto versus Câmara dos Deputados.
A.M.
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