A VIDA NÃO É CORRUPTA
Acerca de uma espécie de "psicopatologia do corrupto" e a partir das reflexões de Eugênio Bucci (veja postagem recente) temos a dizer que a corrupção não é um fenômeno individual, mas coletivo. Isso implica em assumir uma visão do poder como elemento intrínseco das ações humanas. Ou seja, as sociedades (em geral) são atravessadas por ações corruptas (micro ou macro) que se expressam (ou tendem) através do Direito como Juizo. A questão da corrupção, tão presente no Brasil atual, não é, pois, assunto da psiquiatria, não é um problema do lítio (não saque a receita!) ou do superego (não interprete!)) mas da Ética, ética a ser inventada por aqueles que desejam uma vida fora do aparelho capitalístico ou dos mandamentos judaico-cristãos. Neste sentido, ela é uma potência de viver, ela, a Ética, antecede toda e qualquer análise moral individualista da política. Estamos nisso, somos isso (a política) e não há como escapar ao destino implacável e irreversível da Vida, diria Prigogine, exceto, claro, com a morte e os seus mil disfarces. Olhe o mundo, cara...Isso é DESEJO?
A.M.
Sim. DESEJO que surge pela indignação...
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