sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ERROS CORRETOS

O enunciado de que "o cérebro é igual à mente" é adotado como pressuposto metodológico implícito na área da neurociência. Isso atende ao requisito principal da pesquisa, qual seja o de considerar o cérebro um objeto sólido, visível, imóvel, e daí, passível de manipulações de toda ordem, sempre com metodologias impecáveis. Ora, bastaria apenas um dado da psicopatologia clínica para demolir essa neurofraude interessada em domesticar as mentes em prol de um conservadorismo cientificamente elegante. Trata-se da síndrome conhecida como histeria e que deu origem ao edifício teórico da psicanálise em fins do século XIX. É, pois, desagradável ter que dizer coisas tão elementares, mas sabe-se, há mais de 120 anos, que nos quadros histéricos (mesmo os mais graves) o cérebro (notável estrutura funcional) encontra-se absolutamente normal, ou seja, sem lesões. Moderníssimos exames por imagem comprovam tal fenômeno clínico como fenômeno da mente e não do cérebro.

A.M.

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