domingo, 28 de outubro de 2018

CEM MIL ANOS DE CORRUPÇÃO

Não se chega ao estado de espírito que presidiu a campanha por acaso. Foram anos de corrupção, desmandos e desfaçatez por parte do grupo político que, capitaneado pelo hoje presidiário Lula da Silva, chegou ao poder disposto a dali nunca mais sair - e do qual o candidato Haddad é herdeiro consagrado. A reação a essa ofensiva antidemocrática - materializada na Operação Lava Jato -, se deve ser louvada por ter exposto o assalto que estava sendo cometido aos cofres públicos, por outro lado demonstrou lamentável inclinação para a ribalta e o messianismo. Todos os políticos passaram a ser considerados igualmente corruptos até prova em contrário, instaurando-se um clima de caça às bruxas que só poderia resultar na emergência de políticos oportunistas que se apresentaram como “antissistema” - caso do candidato Bolsonaro. Pouco importavam suas propostas para o País - que, aliás, ninguém sabe quais são, pois elas não foram explicitadas, limitando-se a bravatas e slogans.

O outro lado tampouco ajudou. Ao contrário: Lula abastardou a campanha eleitoral ao usá-la escandalosamente em sua estratégia para tentar sair da cadeia, lançando como candidato um mero preposto, Fernando Haddad, e induzindo seus fanáticos seguidores a conflagrar ainda mais a Nação.

Quem realmente se importa com o País deve aceitar o dia de hoje, quando se encerra a eleição, como o ponto final desse enredo de horror.
(...)

Editorial Estadão, 28/10/2018, 03:00 hs

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