domingo, 7 de outubro de 2018

QUE SÃO MICROFASCISMOS?

O fascismo, historicamente marcado pelo regime de Mussolini (Itália, 1883/1945), nos dias atuais mostra-se subjetivizado e subjetivizando o leque político direita/esquerda. Aqui não se trata de usar um viés psicológico de análise, ao contrário. É que suas formas de expressão prática englobam pessoas tanto ditas de direita quanto de esquerda. Desaba a distinção Direita/Esquerda como essência ou forma social estanque ou como referência totalizadora e totalitária do pensar político. Há muito adentramos no campo dos microfascismos, termo criado por Félix Guattari no século passado. E o que seriam eles? São modos de existência que buscam a todo custo homogeneizar a realidade, mesmo que para isso necessite barrar a diferença e substitui-la por representações do que é o Mundo. A partir daí, o Mundo é recusado como devir e no seu lugar instituída a Ordem, ou seja, a serialização e normatização do desejo. Viva a morte! é o lema (mesmo não explícito) dos fascismos e por extensão dos microfascismos. É possível exemplificar tal estado de coisas  na direita (o apego à Conserva - o conservadorismo, o horror à mudança) e na esquerda (o apego à transcendência da revolução, o fundamentalismo da pobreza). Estes são padrões extremos, já que há matizes sutis no meio, clichês (imagens) que servem para exibir a possibilidade de ereção dos microfascismos. Sim, eles nos habitam como pontos de latência...

A.M.

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