terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PENSAMENTO DA SAÚDE MENTAL

A luta pela diferença passa, então,  por  uma  rachadura no conceito de saúde mental. Feito isso, o espaço-tempo  de trabalho com o paciente alarga-se ao ponto de não  mais  pertencer  ao mercado da saúde mental  e sim aos territórios  coletivos  conquistados  no  encontro  com a  loucura. Muda o conceito de transtorno mental ou o de doença mental, como antes  era  chamado. Quem é  doente? O que  é doença?  Não  há certezas.   Esse fato é    condição elementar  para desfazer  a  saúde mental  como organização   da  forma- Estado e  substitui-la  por uma clínica  órfã  e   molecular,   produzindo  seus próprios  códigos. Uma  outra  semiótica   poderá    surgir dos problemas (sempre há)    que  o paciente  traz. O diagnóstico submete-se ao contexto  social  e   não o contrário. Acreditamos que, desse modo, os técnicos se farão aliados  de forças que  eles  mesmos  tornarão úteis  em   terapêuticas singulares.  Ao pé  da letra, diríamos:  servirão  ao  paciente  ou  nada  serão (...)

Antonio Moura

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