CÉREBRO-PROCESSO SUBJETIVO
Ora, a sujetividade-cérebro não é vista, não pode ser vista sob pena de ser reduzida a um objeto classificável. É como se ela fosse um decalque do cérebro substituindo o cérebro, obedecendo à linha molar da produção social. Ao contrário, a subjetividade é processo de produção desejante e não produto concluído, mesmo corporificado num indivíduo. Mas, há, sem dúvida, um “cérebro-processo subjetivo” ao encontro ( exame) do psiquiatra. Esta perspectiva faz com que o “sofrimento” do paciente seja considerado como um agenciamento de desejo, o que abrange a figura do psiquiatra e da família. Desejar para o paciente é sofrer como intensidade produtiva em meio aos diversos estímulos que estão em torno e “dentro de si”, inclusive os do organismo. Os atores do Encontro com o paciente estão, pois, envolvidos num mesmo fluxo desejante codificado como transtorno mental. Abre-se um território: onde situar o agenciamento? Pode ser num hospital psiquiátrico, num Caps, num ambulatório, consultório, etc (...)
Antonio Moura
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