segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Grupos e caos    (em elaboração)


A clínica  dos  transtornos mentais é retalhada   por  linhas   Institucionais que a destroem, ou  no mínimo, a desfiguram.  São  fluxos   de poderio invadindo mentes e corpos desautorizados a  desejar. Um grupo se reconhece  num    contexto de dominação consentida.  As  contingências do seu  funcionamento  passam a ser previsíveis.  A equipe técnica  opera   num campo marcado pela hegemonia do Estado que é representado pela psiquiatria. Neste sentido, o psiquiatra é o sujeito empírico  das   equipes. Por  que?  Porque     ele  é a Medicina,  o  único  paradigma da saúde mental.  Quem cuida  de  doentes  mentais  é  o psiquiatra.   Deste modo, o grupo trabalha com a transcendência psiquiátrica norteando ações. Pouco importa, por exemplo, se lugares de comando são preenchidos por não-psiquiatras. A subjetividade psiquiátrica  se compõe de linhas existenciais  traduzidas em papéis sociais diversos, a depender do contexto prático. Um técnico não psiquiatra poderá pensar, perceber, sentir e atuar tanto quanto um psiquiatra na relação com   a loucura, e por extensão, com o paciente. Voltemos, pois, às indagações iniciais (...) 

Antonio Moura

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