Grupos e caos (em elaboração)
A clínica dos transtornos mentais é retalhada por linhas Institucionais que a destroem, ou no mínimo, a desfiguram. São fluxos de poderio invadindo mentes e corpos desautorizados a desejar. Um grupo se reconhece num contexto de dominação consentida. As contingências do seu funcionamento passam a ser previsíveis. A equipe técnica opera num campo marcado pela hegemonia do Estado que é representado pela psiquiatria. Neste sentido, o psiquiatra é o sujeito empírico das equipes. Por que? Porque ele é a Medicina, o único paradigma da saúde mental. Quem cuida de doentes mentais é o psiquiatra. Deste modo, o grupo trabalha com a transcendência psiquiátrica norteando ações. Pouco importa, por exemplo, se lugares de comando são preenchidos por não-psiquiatras. A subjetividade psiquiátrica se compõe de linhas existenciais traduzidas em papéis sociais diversos, a depender do contexto prático. Um técnico não psiquiatra poderá pensar, perceber, sentir e atuar tanto quanto um psiquiatra na relação com a loucura, e por extensão, com o paciente. Voltemos, pois, às indagações iniciais (...)
Antonio Moura
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