terça-feira, 15 de março de 2016

NECROPOLÍTICA

Há cadáveres demais nos autos da Lava Jato. Insepultos, produzem um fedor lancinante. Como em toda grande tragédia, a contagem das vítimas do petrolão é lenta. A pilha de corpos cresce a cada nova delação. Nesta terça-feira um pedaço das confissões do ex-líder governista no Senado Delcídio Amaral desabou sobre a cabeça de Aloizio Mercadante. Abatido, o ministro leva o cheiro de enxofre para dentro do Palácio do Planalto. Até aqui, o excesso de mortos vinha ofuscando a imagem do principal defunto: o mandato de Dilma Rousseff.
A voz de Mercadante soou em gravações insólitas. Nelas, o ministro conversa com Eduardo Marzagão, principal assessor de Delcídio no Senado. Faz gestões para dissuadir a delação do senador, que estava preso. Insinua que pode obter dinheiro para os advogados e fazer lobby em favor do preso junto aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do STF, Ricardo Lewandowski..
(...)
Do Blog do Josias de Souza,15/03/2015, 15:25 hs

Um comentário:

  1. Nossa!!! Justo quem doravante julgará o mais novo "ministro"...

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