sexta-feira, 25 de março de 2016

VELOCIDADE DA IMAGINAÇÃO

(...) Quando falo de resistência revolucionária ou defesa popular estou chegando à raiz de uma invenção científica popular essencial. Lembro-me dos discursos no Anfiteatro Richelieu da Sorbonne, antes da ocupação do Teatro Odéon, logo no início de Maio de 68. Entrei; estava superlotado. Ouvi um sujeito, provavelmente um comunista, dizer: “Li nos muros da Sorbonne: ‘A imaginação no poder!’ Isso não é verdade, é a classe operária!” Respondi: “Portanto, camarada, você nega a imaginação da classe operária”. Era claríssimo: um referindo-se a uma horda capaz de tomar o poder como uma massa de soldados, e outro (eu) referindo-se à imaginação ativa.
(...)
Paul Virilio

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