VELOCIDADE DA IMAGINAÇÃO
(...) Quando falo de resistência revolucionária ou defesa popular estou chegando
à raiz de uma invenção científica popular essencial. Lembro-me
dos discursos no Anfiteatro Richelieu da Sorbonne, antes da ocupação
do Teatro Odéon, logo no início de Maio de 68. Entrei; estava
superlotado. Ouvi um sujeito, provavelmente um comunista, dizer: “Li
nos muros da Sorbonne: ‘A imaginação no poder!’ Isso não é verdade,
é a classe operária!” Respondi: “Portanto, camarada, você nega a imaginação
da classe operária”. Era claríssimo: um referindo-se a uma
horda capaz de tomar o poder como uma massa de soldados, e outro
(eu) referindo-se à imaginação ativa.
(...)
Paul Virilio
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