quinta-feira, 31 de março de 2016

PETISMO COMO DOENÇA

Como já foi dito, o petismo é uma doença psicossocial crônica, até o momento incurável, e que conta com fatores múltiplos na produção da sua etiologia (causa). Vejamos alguns: 1-o esquerdismo marxista em sua versão dualista e reducionista sobre a realidade social; 2-a filosofia historicista, e, portanto, teleológica, em seus refinamentos intelectuais e acadêmicos;3-o fundamentalismo da pobreza, alimentado pela ética dos pobres à la Madre Teresa de Calcutá, em aliança com a Irmã Dulce;4-o cristianismo revisitado e buscando reparação universal ante os horrores emocionais e viscerais e as carnificinas espirituais cometidas ao longo da história do Ocidente;5-o grande buraco negro das subjetividades frustradas, decepcionadas e ressentidas em relação à traição do partido dos trabalhadores imposta aos trabalhadores e ao cidadão em geral;6-a denegação da morte simbólica do Partido Vermelho fente ao desmoronamento de um mega-projeto social para o Brasil erigido logo após o advento do período pós-ditadura  de 1964;7- a absoluta falta de perspectivas sociopolíticas para o Brasil em face do baixíssimo nível ético do congresso nacional e das opções político-partidárias atuais;8-a dissolução do maniqueísmo dos conceitos de esquerda e direita e a substituição destes por um campo político lusco-fusco, onde se confundem ideologias diametralmente opostas como se fossem a mesma coisa;9-a morte do proletariado como organização social capaz de derrotar o capitalismo segundo o ideário marxista calcado no "acirramento" das contradições de classe;10- o niilismo subjetivo como espelho da modernidade e ao mesmo tempo, a incapacidade de enxergar para além do capital, não só como categoria econômica, mas como "operador semiótico"; sendo assim, a admissão "forçada" do capital como produtor e sentido único das nossas vidas.

A.M.

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