SEM PALAVRAS
Todas as palavras tomadas literalmente são falsas. A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua: toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!
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Rubem Alves
Será mesmo que a verdade mora no silêncio em volta das palavras?
ResponderExcluirSerá mesmo que todas as palavras tomadas literalmente são falsas?
Muitas vezes o que pode ser verdade para um, pode não o ser para o outro. Imaginemos os emocionalmente instáveis que não conseguem ler as entrelinhas, ou mesmo filtrar, dentre as palavras que ouve, o negativo do positivo. A depender do seu estado mental, ler o literal poderá lhe fazer um bem “danado” e outras vezes, só a leitura das entrelinhas poderá lhe salvar. Complexa essa questão. Pincipalmente na área pantanosa de tratamento de almas humanas. Nessa, é preciso muita cautela e experiência com o manejo das palavras. Não é qualquer um que entende de “malabares”. No circo, se o malabarista deixar as bolas caírem, o máximo que lhe poderá ocorrer é ser vaiado pela plateia. Mas, em se tratando de clínica médica, se o “artista” deixar as bolas caírem poderá “minar” uma vida.
O cérebro mente o tempo todo e nem sempre é fácil não acreditar nele. Palavras mal empregadas, em momento inoportuno, podem causar um grande sofrimento para quem as ouve. A depender do grau de sensibilidade do paciente, poderá lhe causar um dano irreparável. As palavras podem matá-lo, literalmente.
Então, a leitura das entrelinhas, ontem, duas vezes, na chegada e na saída, reafirmou o meu desejo em seguir Oscar Wilde. Ressalta-se: estou com ele em parte. Na próxima semana, irei encontrar o Sol misturado ao mar, na Terra de infância de Jorge Amado.
Na outra parte, no quesito gostar imenso de uma pessoa... Digo: brotou uma outra orquídea no meu jardim, de verdade!!!. São orquídeas bambu. Mais uma... É pra você.
Abraço
O mistério das entrelinhas...
ResponderExcluirDesvendado!!! aposto um riso que virou literalidade.
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