UM DUALISMO ANACRÔNICO
O petismo é uma doença psicossocial determinada por linhas políticas arcaicas. Seu quadro clínico se expressa em modos de subjetivação (quem sou?) composto por afetos-sintomas primários e secundários. No primeiro caso, o ressentimento e a paranóia funcionam em parceria, "garantem" subjetividades (aos milhões) na luta psíquica contra o abismo do sem sentido, no face a face com o desmoronamento de um projeto social. No segundo, os sintomas deslocam-se para condutas agressivas, irracionais e excludentes do pensamento-ação contrário, ou apenas diferente. Guiam-se pelo império da mediocridade... Estes são mais encontradiços em subjetividades toscas, enquanto os primeiros costumam aparecer em mentes consideradas, via senso comum, "intelectuais". De fato, o petismo é uma doença "democrática" pois atinge a todos, esclarecidos ou não. O pensamento-desejo sofre o reducionismo de um sistema binário idiotizante: a favor do governo//contra o governo.
A.M.
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