sexta-feira, 6 de outubro de 2017

GOLPE BAIXO

As eleições presidenciais de 2018 recebem a cada dia propostas alarmantes que significam brincar com fogo, já que levam em suas entranhas o veneno do golpe e de aventuras autoritárias.
A mera evocação a soluções para sair da crise à margem da política, que é considerada incapaz de garantir os valores democráticos, por estar corrompida e incapaz de governar o país, começa a alarmar.
A palavra golpe começa a ecoar no Brasil até mesmo de campos opostos. O PT, pela boca de sua presidenta, Gleisi Hoffmann, deu a entender que se não permitirem que Lula, mesmo condenado, seja candidato, as eleições seriam boicotadas ao serem consideradas nulas. Por sua vez, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva acaba de escrever um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que se o Supremo Tribunal Federal permitir que “um condenado assuma o poder em 2018 os militares deveriam intervir”, e a intervenção seria legítima e justificável, “até mesmo sem amparo legal”. Palavras graves.
Para o general, hoje se discute “sobre a possibilidade, necessidade e legalidade de uma intervenção militar para combater a corrupção, retomar o desenvolvimento e evitar uma convulsão social”.
(...)

Juan Arias, El País, 06/10/2017, 17:02 hs

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