sábado, 8 de dezembro de 2018

Densidade e a beleza do mundo:
do mais pesado ao mais leve.

Uma visão da Terra que faz sentido usando o conceito simplório de densidade é que o mundo segue uma ordem de leveza, onde quanto mais pra baixo (mesmo nas camadas rochosas mais profundas), mais pesado, e quanto mais pra cima, mais leve, daí que os astros celestes, devem ser extremamente leves... Mesmo em animais, os voadores – as lindas borboletas e as lindas aves – são mais leves que hipopótamos... do mesmo jeito, no mundo rochoso, esse é o padrão: quanto mais funda é a camada rochosa, mais dura, quanto mais na superfície, mais frágil.

Falo isso porque, seguindo essa lógica verificável a olho nu, quebra o mito de astros celestes pesadões e sim a objetos frágeis e delicados, como que fantasmas alados. Só com uma conclusão meio poética, meio científica, posso uma vez mais concluir algo assim bonito e verdadeiro... Penso na lua como algo leve igual isopô.

Ao talvez pensar assim, Anaxímenes, o jônico pré-socrático, substituiu o apeiron, e a terra sustentada por vapor, como uma tampa de panela de pressão, por algo mais familiar, a saber, o ar, incluindo a névoa e as nuvens carregadas... o surgimento de nuvens no ar parecia demonstrar o possível surgimento de matéria mais sólida flutuando no ar, como o sol, a lua, e as estrelas – e sem dúvida os animais aéreos, como os insetos e os pássaros...


Saul de M. Lima

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