sábado, 22 de dezembro de 2018

JESUS POLÍTICO

Se deixarmos uma criança pobre escolher um presente entre um livro e uma arma de brinquedo, provavelmente escolheria a arma. Ainda não sabe que as armas defendem contra a morte física, mas não contra a injustiça, a desigualdade social ou a tirania, que é do que mais vão morrer. Ninguém lhes explicou que, escondidas no livro, há histórias reais ou fantasiosas que as ajudarão a entender por que a felicidade não é alcançada com a violência, mas caminhando na vida de mãos dadas, sem desistir dos sonhos.
Natal significa, em sua etimologia, uma história de vida e não de morte, de alguém que nasceu há mais de dois mil anos, na Galileia, e em seguida seus pais tiveram de fugir com ele para o exílio no Egito, porque o imperador Herodes queria matá-lo. Tinha medo dele. Estava certo, porque quando cresceu aquele menino defendeu coisas que faziam tremer os poderosos que desprezavam os pobres e aleijados. Não abençoou os violentos, mas os semeadores da paz.
(...)

Juan Arias, El País, 22/12/2018, 10:32 hs

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