Sobre a "tecnologia da imagem" e seus atravessamentos corporais vamos à análise da demanda em saúde mental. O corpo (não o corpo-organismo, mas o corpo-desejo) é atingido em cheio por imagens-de-imagens, fazendo do contato consigo mesmo uma experiência plugada aos fluxos semióticos vindos de fora, mas parecendo vir "de dentro". É que a forma das instituições sociais (cf Guattari e outros) está interiorizada, subjetivizada num inconsciente que não mais passa por categorias edipianas mas por categorias planetárias, portanto, capitalísticas. A tecnologia da imagem torna-se um território de sentido de uma verdade subjetiva. Esta é veiculada por equipamentos de poder. Daí o homem moderno encarnar uma espécie de sonambulismo coletivo que a todos arrasta. A incrível aceleração da velocidade do tempo aniquila o Sentido. Efeitos práticos: na clínica, a psicose. Na política, o fascismo.
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