LEMBRAR...
Mesmo que a memória (em psicopatologia médica) se altere, sobretudo em quadros orgânico-cerebrais, a sua patologia não se restringe a estas síndromes. Ao contrário, podemos dizer que a função mnêmica é atingida em todos os quadros patológicos. O que irá diferenciar tais alterações é a vivência qualitativa do paciente. Neste sentido, os processos afetivos despontam como a instância psíquica a ser considerada em primeiro plano, sendo a afetividade o que compõe linhas existenciais situadas para além de uma subjetividade, digamos, mecanicista. Ela traz a realidade coletiva como ponto de partida, o que significa dizer que a subjetividade é sempre produzida no registro do social, estando exposta às condições “ externas ” em que se vive. Ao mesmo tempo, a subjetividade é um processo “interno” funcionando nas próprias conexões sinápticas. “Interno” e “externo” passam a ter significados que se diluem numa questão maior que é a das singularidades do paciente.
A. Moura
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